Causada pelo vírus varicela-zoster, provoca dor e pode evoluir para complicações sérias se não tratada.
O herpes-zoster é causado pelo vírus varicela-zoster, o mesmo que causa a varicela, também conhecida como catapora. Este vírus fica incubado no organismo da pessoa durante toda a vida, podendo se manifestar geralmente em pessoas adultas, com comprometimento do sistema imunológico ou que tenha alguma outra enfermidade crônica, como diabetes, hipertensão, Aids, câncer, entre outros¹.
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Sintomas
O principal sintoma é a dor que pode durar por várias semanas, seguido pelo aparecimento de lesões de coloração vermelha na pele, unilateral, geralmente não atravessando a linha média e seguindo o trajeto de um nervo, acometendo, frequentemente, o tronco, a face ou os membros. Outros sintomas que podem aparecer são mal-estar, febre, dor de cabeça e coceira no local¹,².
Complicações
O tratamento precoce da herpes-zóster é muito importante. Se não tratada, o quadro pode evoluir para complicações mais sérias, como¹:
- Infecção secundária por outras bactérias;
- Ataxia cerebelar aguda: afeta deglutição, equilíbrio, fala e o movimento dos membros do corpo;
- Trombocitopenia: baixa quantidade de plaquetas, comprometendo a coagulação sanguínea;
- Síndrome de Reye: condição rara que causa inflamação no cérebro e pode levar a morte;
- Varicela disseminada ou varicela hemorrágica em pessoas com comprometimento imunológico;
- Nevralgia pós-herpética (NPH) – dor persistente por 4 a 6 semanas após a erupção cutânea;
- Em mulheres grávidas, pode ocorrer a infecção no feto, que pode levar a embriopatia, síndrome da varicela congênita (malformação das extremidades dos membros, microftalmia, catarata, atrofia óptica e do sistema nervoso central).
Diagnóstico
O médico observa, principalmente, o quadro clínico do paciente². Exames laboratoriais são utilizados para fazer o diagnóstico diferencial em casos graves, por meio de testes sorológicos como a reação em cadeia da polimerase (PCR), o ensaio imunoenzimático (ELISA), aglutinação pelo látex (AL) e imunofluorescência indireta (IFI)¹.
Além dos testes sorológicos, podem ser realizados por meio de identificação a partir de material obtido por raspagem da lesão¹.
Tratamento
O tratamento deve ser sempre recomendado pelo profissional de saúde e geralmente é realizado com analgésicos e medicamentos antivirais. Quando mais cedo ele der início a administração dos remédios, melhor será para diminuir a extensão, duração e gravidade na sua fase aguda e aliviar a neuralgia pós-herpética². No caso dos pacientes cujo o quadro evoluiu para alguma complicação, apresentando uma infecção secundária por exemplo, o médico poderá recomendar o uso de antibióticos. Uma boa higienização da pele, feita com água e sabão, é imprescindível para evitar que outras bactérias entrem no organismo por meio das feridas¹,².
Prevenção
A vacinação é o método preventivo mais eficiente, tanto a tomada na infância, com indicação para a catapora, quanto uma específica para adultos, contra herpes-zoster². Também é possível controlar a disseminação do vírus da varicela-zoster com simples atitudes¹:
- Lave bem as mãos após tocar nas lesões (saiba como lavar corretamente as mãos neste link).
- Realize a desinfecção dos objetos que tiveram contato com o paciente.
- Mantenha o paciente em isolamento (seja ele um adulto ou criança) até que todas as lesões tenham virado crostas. Em caso de crianças imunodeprimidas, só as retire do isolamento após o término da erupção vesicular.
Fontes: 1. Herpes (Cobreiro): causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 13 de outubro de 2021. 2. Herpes Zoster. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Último acesso em 13 de outubro de 2021.